sábado, 8 de janeiro de 2011

Comer, Rezar e Amar (Por Lú Honorata)

 

Oi povos, hoje quero deixar um post muito 10 da minha amiga do coração Luciana Honorata do blog O Verbo em Mim, a Lú direciona uns post´s “Só para meninas”, e escreveu este aqui, é sobre o filme “Comer, Rezar e Amar, achei bem legal e quero compartilhar com vocês…Vale a pena! Ah, os meninos tbém podem ler…hehe! (ah, minha amiga Claudinha sempre comentava comigo sobre o Livro “Comer, Rezar e Amar, Clau para vc!)

268378_1M

Por Luciana Honorata

É o nome de um filme, mas bem que podia ser uma pregação, afinal, ainda que em ordem imprópria, pelo menos o título fala sobre ser suprido em três áreas: física, espiritual e emocional.

Estas são necessidades básicas de cada um de nós: todo mundo precisa de alimento natural; todo mundo precisa de comunhão com Deus; todo mundo precisa de relacionamentos. Somos seres espirituais, que possuem uma alma e habitam num corpo, e embora a protagonista da história não tenha tido a bem-aventurança de encontrar Jesus e descobrir o lugar de cada coisa em sua própria vida, nós temos a chance todos os dias de reajustar as nossas.

Ontem eu tive um daqueles dias “solitários” – sim, assim entre aspas, porque apesar de desprovida de companhia física, adoro a minha própria companhia, assim como a do Espírito Santo. Minha família viajou e eu tive um curto período de trégua para fazer o que quisesse como me aprouvesse, e decidi fazer algo nada original: assistir um bom filme. As meninas sabem que não há nada como ver uma boa comédia romântica quando se está sozinha e pode-se chorar bobamente sem ser recriminada por ninguém, e foi essa minha motivação ao apertar o play do DVD. Bom, eu não esperava refletir tão profundamente sobre algumas coisas da vida e esta é a razão deste post.

Religiosidades bem à parte – visto que estamos discorrendo acerca de um filme mundano que fala sobre separação conjugal mesclada com hinduísmo e algumas outras heresias – este é um post só para meninas que conseguem ser sinceras consigo mesmas e pensar na vida sem medo de ter que recalcular a rota.

O filme conta a história de uma mulher casada que um dia percebe que não é feliz e, portanto, se separa em busca de realização pessoal, equilíbrio, “encontrar a sua palavra”, definir-se… Ela começa buscando isto em outro amor, mas percebe que não a satisfaz completamente, e decide continuar sua jornada em uma viagem à Itália, Índia e Indonésia, à procura de “paz interior”…

Bom, eu não precisaria dizer que tudo isto nós já temos em Jesus Cristo, e não seria necessário para nenhuma de nós passarmos por um divórcio para descobrir quem somos. Também é desnecessário perder muito tempo explicando que não é o fato de viajarmos que faz com que as mudanças que precisamos aconteçam em nossas vidas… No entanto, excetuando-se o fato de ser um tanto quanto fantasioso, este é um filme que nos fará pensar no peso das nossas escolhas, na relevância dos nossos valores, e na capacidade de superar os revezes da vida.

Fiquei pensando naquela mulher, deitada em sua cama, arrependendo-se de ter casado com alguém que não tinha os mesmos objetivos, a mesma maturidade, o mesmo ponto de vista que ela… A tão falada “falta de amor” que acomete os casamentos depois de algum tempo, muitas vezes é apenas a falta de identificação que foi ocultada pela embriaguez da paixão, e depois de algumas doses de rotina fica tão evidente quanto a toalha molhada em cima da cama.

Quantas mulheres de Deus não se casam com homens incrédulos por medo de ficarem sozinhas, ou porque se apaixonaram e “o sorriso dele era tão lindo que eu não pude resistir”?

Quantas não se precipitam e comprometem seus sonhos, seus ministérios, sua comunhão com Deus e tantas outras coisas, investindo em relacionamentos que estão bem longe dos padrões bíblicos, por pura carência e medo da privação?

Tenho visto meninas maravilhosas, com grandes chamados ministeriais, jogarem tudo para o alto por medo da solteirice. Elas se casam, se anulam, sufocam o plano de Deus para suas vidas e vivem imersas em insatisfação e frustração. É o que a Bíblia chama de entrar em jugo desigual, isto é, unir-se a alguém que não é compatível com a sua realidade, sua fé, seu nível de maturidade espiritual… Enfim, não é tão somente casar-se com descrente, pois pode acontecer até mesmo entre cristãos – unir-se a alguém que não se “encaixa” com você em pontos fundamentais, básicos.

Lembro-me de uma irmã da minha antiga igreja que era casada com um rapaz de uma igreja bem tradicional. Ela era pentecostal; ele não cria no batismo com o Espírito Santo – nem estava aberto a isso. Ambos eram cristãos, mas discordavam em um ponto doutrinário que é básico segundo Hebreus, capítulo 6. O resultado desta união, a princípio foi muita confusão! Ele chegou a proibi-la de ir à igreja diversas vezes, e eles viviam em pé de guerra. Depois de muitos anos de oração, certo dia ele abriu seu coração e recebeu o batismo. No entanto, ela sempre conta de como sofreu até que ele se abrisse para a iluminação que ela já tinha…

Não estou dizendo que ela deveria ter se separado, ou que não devia ter casado. Também não estou afirmando que as pessoas são imutáveis, não é isso! Pelo contrário! Depois que casamos, temos mesmo que pagar o preço que for preciso até que o outro cresça e possa andar na mesma revelação que nós. É bíblico sofrer por isso. Mas acredito firmemente que já estamos sujeitos a tantas aflições no mundo, que podemos evitar muitas outras simplesmente seguindo os conselhos do Pai, considerando as advertências da Sua Palavra e sendo prudentes. Você já imaginou se aquele irmão tivesse se fechado para sempre em relação ao batismo no Espírito Santo e ficasse engessado pela religiosidade o resto da sua vida? Que tipo de vida aquela mulher teria até hoje?!

Mulheres assim, geralmente, em algum ponto da sua caminhada acabam como a personagem interpretada por Julia Roberts: deitadas em suas camas arrazoando a bobagem que fizeram, lamentando as consequências e decidindo pelo divórcio.

A questão mais grave nisto tudo, entretanto, é que Deus leva essa coisa de casamento muito a sério, e voltar atrás para a “Mariazinha da congregação” talvez não seja tão fácil quanto para a personagem de um filme de Hollywood. Você não vai “chutar o pau da barraca”, comprar uma passagem para Roma e ficar um ano pendurada no cheque especial para encontrar a si mesma, vai?

Quantas de nós teremos a oportunidade de fazer longas viagens a fim de afogar as mágoas em pizzarias italianas e praias orientais? Além do mais, como novas criaturas em Cristo Jesus, devemos saber que a Palavra recrimina o divórcio, excetuando-se alguns poucos casos extremos, pois “não foi assim desde o princípio”… (Mt 19.8)

Deus quer que façamos as escolhas certas – e quero deixar bem claro que não me refiro à “pessoa certa” que alguns acreditam existir por aí à espera deles, a tão esperada “alma gêmea evangélica” como diria um amigo meu, “preparada pelo Pai especialmente para mim, aleluia!”… Não! Escolhas pessoais falam de responsabilidades individuais.

Fazer escolhas acertadas significa fazê-las considerando as suas várias implicações. É considerar prós e contras, reconhecer as próprias limitações e ter coragem de tomar decisões definitivas, atribuindo-as a si mesmo, sem transferência de culpa ou mérito. É saber o que está fazendo e sustentar as consequências deste passo.

Muitos de nós esperamos responsabilizar Deus pelas decisões mais importantes das nossas vidas – especialmente na escolha do cônjuge – por puro medo de não ter a quem culpar se algo der errado.

Não vou culpar a Deus pela blusa preta que desbotou na primeira lavagem, se fui eu mesma quem fui até a feira e a comprei na promoção, não é verdade? Eu sei que a metáfora é um pouco radical, mas eu gostaria que você pensasse bem sobre isso.

Quando temos consciência de que podemos fazer escolhas – e as fazemos com lucidez – não vamos acordar um dia nos sentindo vítimas do destino, como se ele tivesse o poder de nos pregar uma peça e minar a nossa esperança de felicidade…

Não! Não somos vítimas, temos domínio sobre as nossas vidas! Recebemos a capacidade de tomar decisões e devemos fazê-lo com sobriedade, considerando a Palavra de Deus. Somos nós quem muitas vezes nos colocamos debaixo de uma escravidão voluntária, porém desnecessária, julgando não fazer mal pegar “alguns atalhos”…

A mocinha do filme foi frustrada, passou por abismos existenciais profundos, teve que encarar a nova realidade de estar sozinha, perdoar a si mesma por suas más escolhas e mais um montão de coisas abstratas que só algumas pessoas vão perceber quando virem o filme ou lerem o livro. Mas o fato é que, assim como ela, todas nós temos a oportunidade de recomeçar, aprender a usufruir dos prazeres da vida (comer), da comunhão com Deus (rezar) e dos relacionamentos (amar), encontrando o equilíbrio das nossas vidas não em “alguéns”, mas Naquele que dá sentido a todo o resto e nos ajuda a manter cada coisa no seu devido lugar.

No fim, a gente acaba percebendo que a felicidade é uma escolha, e que o que Deus quer mesmo, é que a gente aprenda a encontrá-la não somente nas escolhas que ainda vamos fazer, mas também nas que já fizemos.

Fonte: O Verbo Em Mim

2 comentários:

Anônimo disse...

O texto é voltado para as mulheres, mas trás reflexões para nós homens também. Vale a pena buscar a orientação de Deus antes de iniciarmos um relacionamento.

Belo texto, a moça escreve super bem.

Deus te abençõe!
Abraço

Unknown disse...

Oi Filipe, a Lú é uma benção, eu já ouvi outras ministrações dela pessoalmente sobre o mesmo assunto, e foi muito bom! Na vida sentimental esse é o caminho!

Grande Abraçoooo