quarta-feira, 3 de março de 2010

Eu sei o que é felicidade?

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Lendo o livro “Vivendo com Propósitos” de Ed René Kivitz, me deparei com um pequeno trecho muito significativo, o autor descortina o sentido da palavra felicidade de forma tão simples por vezes longe do que compreendemos o que é ser feliz…Bem quero compartilhar com vocês…Ser feliz é desfrutar cada momento, o presente, aquilo que Deus tem colocado em suas mãos no aqui agora, se não o fizermos, nunca estaremos satisfeitos, nunca será bom o suficiente, a vida passará e nos arrependeremos de não termos vivido cada minuto dela!    Reflitam...

"É quase impossível encontrar uma definição completa e definitiva para a felicidade, mas é fato que, qualquer que seja sua definição, estará associada aos estados de espírito com os quais atravessamos a vida. Podemos, inclusi­ve, alongar a discussão a respeito da distinção entre ser feliz, estar feliz e sentir–se feliz, e sobre como a felicidade é diferente da alegria, que, por sua vez, é diferente da euforia. Mas isso é complicar demais a coisa. O fato é que, se você é feliz, então se sente feliz, e se você está feliz, também se sente feliz, e esse sentimento de felicidade é, necessariamente, um estado de espírito, que pode ser duradouro, razoavelmente comum ou eventual. Nesse caso, prefiro simplificar um pouco mais e trocar a palavra "fe­licidade" por "contentamento", que defino como a capacidade de estar satisfeito (de adaptar–se) em qualquer situação. Esse tipo de contenta­mento não se explica pelas circunstâncias favoráveis e ou confortáveis, mas sim pela capacidade de exercer domínio sobre o estado de espírito de tal maneira que os fatores externos que o abalam sejam em número cada vez menor.
Contentamento é uma satisfação de dentro para fora. Vicente de Car­valho traduziu muito bem essa experiência do contentamento quando disse que a felicidade, essa árvore frondosa e cheia de frutos, existe sim, mas existe no lugar em que a plantamos, e o problema é que quase nunca a plantamos no lugar onde estamos. A expressão mais comum para os infe­lizes é que serão felizes "assim que...". Assim que arrumarem um emprego novo; um romance novo; um carro novo; uma casa nova; um chefe novo; e tanto mais, cada vez mais.
Esse estilo de vida "assim que..." coloca a felicidade no futuro e perpetua o descon­tentamento, que impede a alegria de des­frutar o presente, as pessoas que temos em volta, as circunstâncias reais e imediatas que nos oferecem possibilidades de realização. A palavra contentamento deriva do latim contentu ("contido") e sugere a ideia de conteúdo. Nesse caso, contente é aquele que tem conteúdo em si mesmo ou que é capaz de usufruir o conteúdo da realidade na qual está inserido. Em outras palavras, em qualquer lugar, em qualquer companhia, i em qualquer circunstância existe possibilidade de contentamento, mas somente para aqueles que sabem explorar sua riqueza interior, ou as potencialidades do momento, ou ambas.
Um momento de contentamento é aquele em que tudo parece certo: não há necessidade de mudar o que você está fazendo, nem a pessoa com quem você está, nem o lugar onde você se encontra. É comum ouvir–se que a felicidade é estar numa ilha paradisíaca em companhia da mulher, ou do homem, de minha vida. Mas suspeito que seja uma afirmação extre­mamente absurda. Isso seria ótimo por alguns dias, mas logo se tornaria entediante, monótono, vazio. Há outras dimensões da vida a experimen­tar além da paixão alucinante, outras potencialidades do ser a realizar além da capacidade do amor romântico. Ruth Rocha tem um livro "in­fantil" chamado Uma estória meio ao contrário, que inicia com o beijo do príncipe na princesa, e a frase: "E foram felizes para sempre". Na outra página, a história segue com a expressão: "E era muito chato". De fato, a ideia de paraíso sem labor e só lazer é insuportável. Um Deus criativo jamais criaria um ser estéril, muito menos chamaria de paraíso um lugar povoado de parasitas.
Como disse Gilberto Gil, "o melhor lugar do mundo é aqui e agora". Não sei, nem quero saber, qual era o lugar e o momento aos quais o poeta se referia, pois creio que a vida é cheia de "lugares" e de "agoras". E a felicidade implica a possibilidade de, esteja onde estiver, com quem esti­ver, não importa o que esteja fazendo, dizer: o melhor lugar do mundo é aqui e agora. Como disse Viktor Frankl, psicanalista vienense:
A realidade sempre se apresenta na forma de uma particular situa­ção concreta e, uma vez que cada situação de vida é irrepetível, segue–se que o sentido de uma dada situação é único. Os significados dos momentos que são únicos são objetos da descoberta pessoal. Eles devem ser procurados e encontrados por cada um. Desde que a situa­ção é sempre única, com um sentido que é também necessariamente único, segue–se que a possibilidade de fazer qualquer coisa em rela­ção à situação é também única, porque é transitória. Ela possui uma qualidade, um kairós, isto é, se não aproveitarmos a oportunidade de dinamizar o sentido intrínseco e como que mergulhado na situação, o sentido passará e irá embora para sempre.6
Por essa razão, a felicidade é muito mais um jeito de ir do que um lugar aonde se chega. O ditado chinês ensina que "os caminhos existem para jornadas e não para destinos". Exatamente por isso Jesus de Nazaré reco­mendou a seus discípulos que não se inquietassem quanto ao dia de ama­nhã, nem se ocupassem com o que beber, o que comer, com que se vestir, pois o Deus que cuida dos passarinhos e das flores cuida também de seus filhos. Quem não é capaz de "presentificar" a vida nunca será feliz, pois a felicidade estará sempre um pouquinho à frente, assim que..."

8 comentários:

Anônimo disse...

Oi Danny,
Também sou fã do Ed Rene Kivitz. Experimente, se é que já não o fez, ler o mais recente livro dele, "O livro mais mal-humorado da Bíblia", eu adorei. A temática é semelhente a desse trecho que você postou.
Se você ainda não leu, eu recomendo.
Graça e Paz !!!

Marcello de Oliveira disse...

Shalom!

Uma alegria conhecer seu blog. O Eterno resplandeça o rosto Dele sobre ti e toda a sua família!

Medite no Sl 36.8,9

Nele, Pr Marcello

Visite: http://davarelohim.blogspot.com/

e veja o interessante texto:

A Trindade em Isaías 63

P.s>>> Caso a irmã se identifique com o blog, torne uma seguidora. Será uma honra!

Grato.

Atleta em Cristo disse...

Oi amada, a paz!
Ed Rene Kivitz é um dos homens que o Senhor levantou para trazer o conhecimento junto a espiritualidade.
Gostei do seu blog, e quando quiser passe lá no meu.

www.atletaemcristo.blogspot.com

Deus abençoe você e tua família.

Em Cristo

Unknown disse...

Oi Will...

Olha só, estou conhecendo o Ed René por meio desse livro, ouvi falar dele algumas vezes e agora com o livro estou tendo oportunidade de conhecê-lo melhor, estou gostando bastante da forma como ele expõe o sentido da vida cristã!
Pode deixar que vou procurar o livro que me indicou! Parece ser interessante!
Obrigada
Graça e paz!

Unknown disse...

Oi Marcello

Obrigada por visitar o blog, é sempre bem vindo por aqui!
Obrigada pelo versículo, falou muito ao meu coração!
Vou passar para conhecer seu blog!
Obrigada!
Graça e Paz!

Unknown disse...

Oi Thiago,

Obrigada pela visita! Espero que volte sempre e que as mensagens possam edificar o teu coração!
Ed René é uma benção, estou descobrindo um pouco mais sobre a visão desse homem de Deus!

Graça e Paz!

Lica disse...

Oi amada!
Bençãos seus post. Já estou te seguindo.
bjão
ótimo fds!

Luiz Augusto Vanderlei Lima disse...

Excelente texto Danny. Ed René Kivitz é um homem inspirado. Este livro é muito bom. Sugiro que leia um outro livro dele chamado: A Outra Espiritualidade. É uma temática diferente do livro Vivendo com Propósitos. A outra Espiritualidade busca resgatar a vocação da ekklesia, Ed René Kivitz não propõe outra trilha, senão o Caminho; não propõe outro caminho, senão o da graça; não propõe outra graça, senão a revelada em Cristo; e não propõe outro Cristo, senão o Filho do Deus vivo, o Pão da Vida, o Verbo encarnado, de quem a Igreja deve ser Corpo e sinal histórico. Vale a pena ler. Sugiro também que você pesquise outros pastores que são da mesma linha que o Ed René como Ricardo Gondim e Ariovaldo Ramos.